Nenhum feitiço que esta mulher faça dará certo. Isto vale para os homens também, pois os pais que abandonam seus filhos ou são malvados com eles, jamais conseguiram ser bruxos. A Deusa Mãe jamais estará com estas pessoas.

As lendas mais antigas sobre bruxas (estórias fantasiosas como rapunzel, por exemplo), contam que algumas bruxas roubavam os recém-nascidos e criavam as crianças. Não eram mortas, mas criadas por elas.

Isto demonstra o quanto a maternidade é sagrada para a bruxaria. 

A igreja católica deturpou este conceito de sacralidade da maternidade no paganismo, espalhando lendas e boatos de que as bruxas devoravam criancinhas. Aliás, um outro aspecto interessante é que a inquisição costumava queimar vivas mulheres que tinham muitos filhos, alegavam que fertilidade em excesso era prova de bruxaria.



A mais antiga concepção de divindade do mundo é a Grande Mãe.Seus atributos são a fertilidade dos animais, do Homem e da Natureza.Ela é aquela que dá a vida e nos primórdios era cultuada nas cavernas, como símbolo do ventre e do útero.



Ao mesmo tempo, a Deusa tem as suas faces sombrias, conhecidas como a Mãe Terrível, a destruidora, aquela que rege a morte.Tanto a Vida quanto a Morte são aspectos da Deusa, ela é nascimento, fim e renascimento, e esse mito está caracterizado no próprio ciclo do Deus de Chifres, seu filho e consorte. Assim, a Grande Deusa é a Senhora da Vida, Morte e Renascimento.

Os celtas adotaram a Grande Mãe através de contatos com outros povos, como os gregos, etruscos e romanos. Sua associação com a Lua vem desse sincretismo, e as fases lunares passaram a ser vistas como as transformações do corpo da mulher durante a gravidez.

Os antigos viam as fases da Lua como manifestações da Deusa: a Lua Crescente como a Donzela; a Lua Cheia como a Mãe preste a dar à luz; a Lua Minguante como a Anciã; a Lua Nova como a Encantadora, Tentadora.

A Deusa representa também a própria vida e fertilidade da Terra, princípio básico de tudo, a geradora dos povos e a terra fértil que a tudo sustenta.

Ela gera e toma de volta, e nessa ambigüidade, vista como luz e trevas, crescimento e diminuição, é conhecida como a geradora da vida e a portadora da morte.

A antiga união entre os líderes caçadores e as sacerdotisas da Deusa, deu início ao que hoje conhecemos como a bruxaria centrada nas forças e poderes das polaridades. Essa tradição foi preservada no Beltane, a época da vitalidade e da união do Casal Divino, trazendo sua energia vital para a terra, ativando os princípios da fertilidade e da reprodução.

O Maypole de Beltaine é um símbolo desse poder e a dança ao seu redor representa a força do Sol e o falo do Deus fecundando a terra.Nos últimos séculos, foi suprimida totalmente a adoração a Deusa pelo cristianismo, mas não obstante ela sobreviveu nas suas três formas originais na Wicca, nos contos de fadas e nas religiões pagãs.

Ela é conhecida por muitos nomes como Diana, Afrodite, Athenas, Ártemis, Demeter, Isis, Hécate, Ceridween, Aradia, etc.

Tradicionalmente na Wicca a Deusa é vista como a Deusa Tríplice, o que significa que ela é a donzela, mãe e anciã. O aspecto mãe é o mais importante, é tão sagrado que as bruxas que praticam magia negra jamais atacam uma grávida. Há na maternidade algo de muito poderoso, por isso, as mulheres que são mães ruins, abortam ou dão os seus filhos, jamais conseguirão ser bruxas.

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